quinta-feira, 19 de junho de 2008

De passagem pelo FIAT Café por Piselli

Fernanda Barbosa e Juscelino Piselli
Cris e Marcelo Rosembaum
Gustavo Borges e Zé Simão com suas FIAT-shirts Fotos: Marcio Kato/ Fernanda Calfat

O FIAT Café por Piselli com certeza é um dos lugares mais bonitos e agradáveis montados na Bienal, especialmente pela luz natural, design e pelo terraço montado do lado de fora, onde se pode comer sentado, dentro de uma caixa projetada por Marcelo Rosembaum. Confira quem mais passou por lá no nosso FLICKR

A fábula das credenciais

Nem todo mundo é babaca que nem eu e tem foto 3x4 na credencial da SPFW. Os meus amigos são bem mais legais do que eu e têm fotos com histórias, na tela:

A Ju Andrade colocou a foto dela em uma festa no Ocean Club, na época que o Glória estava fechado. Mmmm estranho, conhecendo a constante etílica dela logo estranhei a sobriedade da foto... "É que é assim, o Alan Key deu uma photoshopada na minha make e eu também tirei ela antes de começar a beber, porque depois eu fiquei destruída, nem sei onde eu fui parar no final".



O Carlinhos Mello não é o meu amigo, mas é a melhor foto de credencial da história das fotos de credenciais da história das semanas de moda. Ele mandou uma foto do book dele de ator porque, segundo ele, ele não é um cara sério. Então partindo do fato de que rola um mamilo na foto ele é o que? Um cara sensual? "Não, eu sou um cara comédia".



Nelba Cardoso é temática e tirou uma foto "samurai" para combinar com o tema da SPFW desse ano (Centenária da Imigração Japonesa). E pra próximo edição, Nelba, que tema você espera que a SPFW tenha pra você combinar na foto? "Eu quero que seja algo tipo SP vai virar RJ, daí eu posso ter uma foto comendo biscoitos Globo". Como a Nelba é uma mulher a frente de sua SPFW, ela aproveitou nossa câmera e já tirou sua sonhada foto:



A moral da coisa fica por conta de que, enquanto eu saí atrás da credencial dos outros, eu perdi a minha. É a velha história que mamãe já dizia, quem muito olha pra credencial dos outros, esquece da própria.

[Didi, do Te Dou um Dado? - leia mais aqui]

Inovação ou piração?

O que é novo, inusitado, inédito, sempre causa estranheza, encantamento ou rejeição. Tem sido assim desde sempre, graças à mistura de medo e curiosidade que as invenções despertam.

Selecionei algumas “loucurinhas” avistadas no SPFW até agora. Mas como a lista deve crescer nos próximos dias, vou continuar atualizando a série.


Corpete de plástico holográfico, da Osklen. O efeito é lindo, mas não deve ser lá muito prático.


Homem de saia nem é algo tão inédito assim. Os gregos vestiam túnicas, os escoceses usam o kilt até hoje. Será que agora, finalmente, a moda pega? Bem que poderia, já que o look é confortável e arejado, bem adequado ao nosso clima tropical.


O paletó com short (aqui, em versão da V.Rom) é outro look polêmico que se vê muito na passarela e mas não na vida real. Será que um dia os executivos vão botar as pernocas de fora?


Do Estilista: burka fashion ou uma daquelas capinhas de liquidificador? Essa roupa é só para o desfile mesmo. Ou alguém se habilita?

[Biti Averbach, do Moda Sem Frescura – leia mais aqui]

KAROLINA KURKOVA NA CIA MARÍTIMA


Gente, causou a presença da tcheca Karolina Kurkova no desfile da Cia Marítima. Um rosto belíssimo, mas um corpo… meio estranho para desfiles de moda praia.

De qualquer forma, a temporada ganha sua primeira gíria: korkova com “o” mesmo.

“Tô me sentindo tão korkova”, quer dizer algo como estou um pouco fora dos padrões, deslocada.

Ou “estou com uma korkova” = “estou com uma barriguinha”

Como tá todo mundo se sentindo enganado ultimamente no mundo da moda, eu digo: “Estou me senindo enganado pela Vogue Amérika, Anna!”



fila final da Cia. Marítima.

[Vitor Ângelo, do dus*****infernus - leia mais aqui]

Fome de Fiat

Há três edições seguidas alimentando os fashionistas na Bienal durante o SPFW, o proprietário do Café Fiat por Piselli, Juscelino Pereira, contou pra gente os segredos de um menu perfeito para a temporada de moda: “É preciso criar um mix perfeito entre alimentos que “sustentam”, pro povo que passa a semana na ralação intensa, e pratos leves, pra quem não dispensa sabor e poucas calorias”.

O resultado da fórmula criada por Juscelino vem dando certo. O Fiat Café por Piselli é parada obrigatória aqui na Bienal, e não há quem resista ao menu desta edição. Quer saber quais são os top três pratos mais pedidos?:

- Filetto al Punto
- Lasagna Fiat
- Insalata Stilo

(sim, os pratos levam nome de carros da Fiat!)

Manual de sobrevivência aos sem-convite

Morre de vontade de vir para a SPFW e se cercar de requinte e glamour, mas não tem convite? Ih mermão, precisa disso não, estou aqui para te passar um manual de sobrevivência aos sem-convite.

Por que não se espelhar na casta dos estudantes de moda? Essa classe sofre do terrível fenômeno do sem-convite, mas sempre comparece em peso aqui na Bienal.



Carlos Lumna, estudante de moda do RJ, entrou na Bienal com um convite de lounge (facilmente arranjado em faculdades de moda), técnica bastante usada pela classe dos sem-convite. Desesperado para ver um desfile foi até o backstage da V.Rom, elogiou a marca para a pessoa certa e saiu de lá com seu convite. Carlos, porém, nem sempre goza da mesma sorte, o desfile do O Estilista ele viu do lado de fora da Bienal por uma brecha entre os vidros espelhados. Diz ele que foi mais legal do que ver de dentro.


Adriano Brito, Luiza Gabrielle e Nilson Oliveira, estudantes de moda de SP, têm uma técnica infalível, eles vêm em bando. Uma parte fica lá fora enquanto os que entram na Bienal ficam incumbidos de arranjar mais convites para os que aguardam. Essa técnica é tão boa que eles têm cinco convites a mais do que precisavam, "tem que ter carão", diz um deles.

Se é carão que precisa, eu e a Carol temos de sobra. De credencial nas mãos e cara de "se-eu-não-fizer-essa-cobertura-é-você-quem-perde-o-emprego" entramos sem problema no desfile da Movimento, sentamos na fila-A, saímos de brinde nas mãos e ainda trocamos uma idéia firmeza com a Regina Martelli, que nos confessou que acha um desrespeito gente que senta na fila-A sem estar lá pra cobrir o desfile.


Um desrespeito!

[Didi, do Te Dou um Dado? - leia mais aqui]

DANI JENSEN, A ESTILISTA MAIS TÍMIDA DO BRASIL

Não há dúvidas que ela é uma artista, existe a necessidade dela se expressar através das roupas toda a sua complexidade.

Mas sua timidez é arrebatadora e Dus*****Infernus esteve no backstage para saber com ela como Dani resolve esse problema na hora de aparecer na passarela para os agradecimentos. Confira:



[Vitor Ângelo, do dus*****infernus - leia mais aqui]

Superação

Fause Haten fez um bom desfile ontem, apesar dos problemas com o recente rompimento da sociedade com o grupo IM (Identidade Moda). Por conta do imbroglio comercial, o estilista lançou a coleção sob a marca FH e não sob aquela que leva seu nome. Apostou na moda noite, território que domina, e conseguiu um bom resultado, entre o glamour clássico e a modernidade. Faltou à apresentação, no entanto, uma edição mais enxuta.

O final do desfile foi comovente. Ao entrar na passarela, Fause Haten foi muito aplaudido, sob uma chuva de rosas atiradas por pessoas da platéia, em sinal de reconhecimento e estímulo.




[Biti Averbach, do Moda Sem Frescura – leia mais aqui]

Flor de cerejeira

Hoje, nos corredores da Bienal, encontrei com Alessandra Berriel, uma das modelos mais interessantes e bem sucedidas dos anos 90. Isso me fez lembrar de uma polaroid, praticamente inédita, feita para uma instalação de moda numa casa noturna.

Publico-a aqui como uma singela homenagem ao centenário da imigração japonesa.


Foto: Cristiano

Cabelo e maquiagem: Carlos Carrasco

Modelo: Alessandra Berriel

Concepção e styling: Biti Averbach

Esta foto foi exposta em um perfectoscópio, um aparelho ótico do começo do século 20, que criava a ilusão de profundidade, uma espécie de efeito 3D pré-histórico. O tal perfectoscópio foi cedido por Fernando Sommer.

[Biti Averbach, do Moda Sem Frescura – leia mais aqui]

Lençóis de Seda



Tem duas coisas que estão sempre presentes nos desfiles da Forum de Tufi Duek: a imagem de mulher sexy e a referência ao Brasil. Já até falei sobre essa questão da brasilidade no histórico da marca, num post anterior.

Para resumir, do meu ponto de vista, a Forum usa muito bem a brasilidade como marketing, mas nem sempre a tal inspiração brasileira está, verdadeiramente, na coleção. Em certos momentos, parece que a brasilidade vira uma cortina de fumaça para camuflar a percepção de referências bem européias e bem óbvias.



Não tem nada que exemplifique melhor esse assunto, do que o vestido estampado que, vira e mexe, aparece na passarela. Vamos relembrar: já vimos versões dele com estampa de praia, da calçada de Copacabana, traços do Niemeyer, poster do Cinema Novo, Carmem Miranda estilizada…

[Biti Averbach, do Moda Sem Frescura – leia mais aqui ]

Íntimo


O time do Glamurama Pop e o time do blog da FIAT estão prestes à trocar de camisa. Ou melhor: de jaqueta. É que o Didi, que conheceu a Camila - repórter do Glamurama Pop ontem -, já está chamando ela de Cami e assediando a jaqueta de nylon da coitada! "To jurando que é de couro", acabou de confessar o espevitado blogueiro.

Nem aí para o trânsito



Avenida Brasil parada, sono. Cindy Lauper tocando na Alpha FM. Vai demorar para chegar na Bienal. Procuro algo para apoiar minha cabeça e vejo duas almofadinhas estrategicamente colocadas na parte de trás do taxi. Para apoiar a cabeça! "Que ótimo. Que maravilha", penso. Começo a olhar em volta e no painel do taxi tem um monte de balas e chicletes pros passageiros. Dois pichachus estão sorrindo para mim. "Tem balinha de banana também", oferece Seu Cândido, taxista há 25 anos, "Sempre deixo meu carro limpo, arrumadinho. Quando não tem bala pros passageiros não é a mesma coisa". Ele também tem seus amuletos, um ET que sua filha lhe deu e umas miçangas de vidro compradas na Liberdade. Japonismos. Às vezes São Paulo tem esses microcosmos que vale a pena conhecer, e pegar trânsito se torna uma pequena aventura.

Seu Cândido: 9850 1800

[Carol Ramos]