quinta-feira, 19 de junho de 2008

Nem aí para o trânsito



Avenida Brasil parada, sono. Cindy Lauper tocando na Alpha FM. Vai demorar para chegar na Bienal. Procuro algo para apoiar minha cabeça e vejo duas almofadinhas estrategicamente colocadas na parte de trás do taxi. Para apoiar a cabeça! "Que ótimo. Que maravilha", penso. Começo a olhar em volta e no painel do taxi tem um monte de balas e chicletes pros passageiros. Dois pichachus estão sorrindo para mim. "Tem balinha de banana também", oferece Seu Cândido, taxista há 25 anos, "Sempre deixo meu carro limpo, arrumadinho. Quando não tem bala pros passageiros não é a mesma coisa". Ele também tem seus amuletos, um ET que sua filha lhe deu e umas miçangas de vidro compradas na Liberdade. Japonismos. Às vezes São Paulo tem esses microcosmos que vale a pena conhecer, e pegar trânsito se torna uma pequena aventura.

Seu Cândido: 9850 1800

[Carol Ramos]

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