quarta-feira, 18 de junho de 2008

O ABSTRATO POÉTICO DA OSKLEN

Fazia algum tempo que o lirismo de uma idéia abstrata não dava o tom de uma coleção de Oskar Metsavaht. Fazia tempo também, desde o verão de 2005, com sua excepcional coleção sobre o vento que a Osklen não olhava para a natureza como inspiração, pois a marca e seu perfil ecologicamnte correto que o estilista tem adotado e filiado a grife nos últimos anos, tem feito ela olhar para o mundo natural muito mais como ideologia com prejuízo à poesia.

Choveu idéias na sua coleção de verão 2009. Inspirada na chuva, se ela não teve a radicalidade de seu inverno anterior, pelo menos avançou em muitos quesitos. Ao utilizar o plástico como elemento orgânico e poético elevou o conceito de natureza, afinal sempre esquecemos que o homem e suas invenções também fazem parte dela.



o prisma do asfalto sujo molhado: do plástico ao plástico

Ao propor um homem mais feminino com saias (fazia tempo que não se via um look desses nas passarelas tupiniquins), calças dhots com cavas baixíssimas tenta quebrar pelo menos imageticamente a camisa de força que se encontra a moda masculina.
Ao conciliar conforto com elegância, (incrível como a fluidez das peças parecia que os modelos estavam sempre aconchegados em suas roupas) reforça uma idéia que ele tem avançado sempre em sua marca que é de um modo de vida brasileiro, despojado, mas nunca desleixado.



[Vitor Ângelo, do dus*****infernus - leia mais aqui]

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