Na trilha,a poesia de Dorival Caymmi. Na passarela, a prosa de Maria Bonita.
O compositor baiano tem em seus pontos altos, a economia de signos, um certo minimalismo poético: “não fazes favor nenhum/ em gostar de alguém/ nem eu/ nem eu/ nem eu” é um exemplo clássico. O diálogo de Maria Cândida com o japonismo e depois de Dani Jensen com o minimalismo fazem da prosa da marca também em suas roupas ter uma certa economia de signos.
Mas nada é literal, pois poesia invade a prosa da marca assim como o mar em ressaca arrebenta no calçadão da praia.
A peça central, o macacão (um dos itens do DNA da marca), simboliza arquetipicamente o trabalho, no caso os laboriosos pescadores.
De suas cordas, de sua linha de pescar constrói-se as roupas, essa jangada que nos fará navegar pelo imaginário da estilista.
Seu mar é denso! Mas suas peças são leves!
Dani Jensen continua a olhar o outro, no caso um universo distante do seu, sua alteridade: os pescadores e mimetiza a alma brasileira, essa que na impossibilidade da cópia acaba criando um vasto mundo novo. Te reencontrei-me!
[Vitor Ângelo, do dus*****infernus - leia mais aqui]
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Um comentário:
nice blog
I wish good luck to you
Come to my blog
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